sexta-feira, 9 de setembro de 2011

São Eles II


Que de longe foram,
mas depois vieram
numa intensidade sem igual.

Vieram, voltaram, então
ficarão. Assim agora de tão perto
vejo muito mais cores,
essas que vivem me pegando e me molhando.

Molhando muito,
jogando essas cores pra dentro
de um par de olhos negros sem cor.
Que um brilho especifico
faz deles mel.

Um brilho tão forte,
um que não imaginava existir,
nem mesmo cogitava em tal coisa.
Mas talvez essa era a força do insistir.

Um brilho aceso-apagado sempre,
que em rubores acendia,
em rubores ardia,
em brilho brilhava-brilha.

Embaçar de poeta não tem mais porque,
porque? por que poeta nao sou,
ou tento não ser.

Poeta é um ovo de casca sorridente,
e de resto resto. Um declamador
de segredos meio requintado.
Mas deixa isso para um depois, ou
para algum antes, em tablado.

Porém,

encharcado de cores eu me sinto,
e sorrindente tento seguindo
parar aquela minha-nossa sina,

que me deixa ovo
e me faz não-mel tambem farto de embaçar.

São eles, aqueles que me causam dor,

dor de merthiolate...
dor de agua corrente...
dor de própolis...
Só não dá dor de dente, eles que não me enjoam.

Ai, mas espere!

Sinto mais um sorriso no meio dessa bagunça...
Caiu verde em minha camisa.
Autor: K. Rodrigues
Sequência de São Eles

2 comentários:

♪ Sil disse...

Esse jogo de palavras que encanta!!!

Super abraço!

Homem disse...

Muito obrigado Sil!!!

Esse jogo de palavras tenta transcrever uma coisa tão grande...

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